sábado, 27 de novembro de 2010
“O Quilombo dos Palmares será eterno”

E com certeza com um ticão de energia e força da Serra da Barriga, em Pernambuco, que durante os séculos XVI e XVII fez manter este símbolo de luta negra no Brasil.
O filme de Cacá Diegues, Quilombo, abriu o dia e ajudou a entender melhor nossa história, aquela que não esta nos livros da escola, para a mulecada grande e pequena entender a tradição da dança da capoeira antes mesmo Pastinha e Bimba.

O projeto acontece graças a perseverança do puxador Buias, idealizador, e fica no Centro Comunitário Sacadura Cabral através da ONG Ação Cidadã Estrela D'Alva, que também possui a oficina de capoeira contemporânea da professora Meire e pelo professor Ganga.

A roda ficou maior ainda para a turma toda sentar com a gente e vadiar uma capoeira. A mandinga se estendeu pela noite toda e ficou ainda mais forte com os ensinamentos do Mestre Moreno e do Mestre Branco, jovens macacos velhos da capoeira angola.


Renovados, outra semana começou para continuarmos a luta pela nossa consciência negra a cada minuto.
"Mãe-África engravidou em Angola(Paulo César Pinheiro)
Partiu de Luanda e de Benguela
Chegou e pariu a capoeira
No chão do Brasil, verde-e-amarela
É de Angola,
Camará, que veio essa cantiga,
De Luanda,
É jogo, é uma dança, é uma briga
De Benguela,
No Quilombo da Serra da Barriga,
De Aruanda,
Capoeira chegou com a caravela.
É de Angola,
O meu corpo é de pingo-de-riga
De Luanda,
De maneira-de-lei é minha figa
De Benguela,
Sou aluno da capoeira antiga
De Aruanda,
Ganga-Zumba é que é meu sentinela.
É de Angola,
Mangangá nunca foi nem é de intriga,
de Luanda,
E esse sangue africano é minha liga,
De Benguela,
Capoeira que é bom ninguém instiga,
De Aruanda,
Se instigar vai provar o veneno dela."
Para fechar o mês da consciência negra, vamos participar do 1 Simpósio de Capoeira de São Bernardo do Campo com uma oficina de Samba de Roda, só chegar para satear!
Para saber mais sobre o evento é só acessar www.saobernardo.sp.gov.br
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Nas ondas do rádio
O No Fio da Navalha entrou como parceiro no projeto Povinho de Ketu, uma série de seis programas de rádio para os públicos infantil e juvenil que tem como propósito compartilhar conhecimentos voltados para as africanidades e os saberes tradicionais que circulam nos espaços socioculturais das comunidades tradicionais de terreiro da nação Ketu.
Na mitologia iorubana, Ketu foi um reino africano chefiado por muito tempo
pelo rei Oxossi, um grande caçador. Desta forma, “Povinho” faz menção ao público alvo desse projeto – infanto-juvenil - e Ketu diz respeito à nação para a qual os programas estão voltados – Ketu.
A série é composta por programação musical e o No Fio participa no quadro das brincadeiras, já que a capoeira é uma das brincadeiras mais antigas do Brasil.
O projeto será lançado às 19hs do dia 18 de novembro, quinta-feira, no Teatro Clara Nunes na Rua Graciosa, 300 - Centro - Diadema. Compareça para curtir ao vivo o que estará nas ondas do rádio.
Na mitologia iorubana, Ketu foi um reino africano chefiado por muito tempo
pelo rei Oxossi, um grande caçador. Desta forma, “Povinho” faz menção ao público alvo desse projeto – infanto-juvenil - e Ketu diz respeito à nação para a qual os programas estão voltados – Ketu.
A série é composta por programação musical e o No Fio participa no quadro das brincadeiras, já que a capoeira é uma das brincadeiras mais antigas do Brasil.
O projeto será lançado às 19hs do dia 18 de novembro, quinta-feira, no Teatro Clara Nunes na Rua Graciosa, 300 - Centro - Diadema. Compareça para curtir ao vivo o que estará nas ondas do rádio.
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Os programas serão veiculados nas rádios públicas associadas à ARPUB. Veja lista no site www.arpub.org.br
Mais informações sobre o projeto povinhodeketu.blogspot.com
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Sessão Pipoca de Agosto

"Existem muitas partes da mandinga, existem a mandinga da magia negra e a mandinga da malícia do capoeirista, quando ele se diz realmente capoeirista . Mandinga é isso, é sagacidade, é você poder bater no adversário e não bater , você mostra que não bateu porque não quis."
Palavras de Mestre Curió e/ou guardião das tradições, mais de 50 anos de capoeira o mestre angoleiro discípulo de Pastinha ensina e defende a mandinga, a vadiagem como instrumentos da verdadeira brincadeira de angola no documentário da sessão pipoca de agosto.
Se achegue com o No Fio da Navalha para assistir e aprender com o filme desse grande Mestre, vadiar e sambar no último sábado do mês, dia 28.
Assista ao trailer no You Tube - http://www.youtube.com/watch?v=RdJNirsrGuo
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Sessão Pipoca antes da RODA

Veja sinopse:

Zé do Burro (leonardo Vilar) é um humilde camponês que promete carregar uma cruz até a Igreja de Santa Bárbara, em Salvador, após a santa ter curado seu melhor amigo: um burro (literalmente). Para conseguir atingir seu objetivo, Zé terá de enfrentar a prepotência do clero e da polícia. O filme procura analisar os conflitos entre religiosidade popular e religião, sobretudo os valores não aceitos pela religião oficial do Brasil, a católica. Indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1963 e vencedor da Palma de Ouro na categoria de Melhor Direção no Festival de Cannes.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
1% da Riqueza do Recôncavo Baiano


Com certeza, o recôncavo baiano é um dos berços da cultura do Brasil, região simples de pessoas simples mas de uma riqueza que não se pode computar. O nome recôncavo baiano se dá pela geografia da região, pelo formato recôncavo do continente que margeia a Baía de Todos os Santos. Atualmente 32 cidades formam o recôncavo baiano. Na época do Brasil colônia, a região era forte em plantações de cana e tabaco.

Foi no recôncavo que nasceu o samba - por volta de 1860 segundo os historiadores, influenciado pelo ritmo africano "semba". Assim como a Capoeira, o samba nasceu dos escravos africanos em terras brasileiras, portanto, configura-se numa manifestação cultural afro-brasileira. O samba de roda é uma junção de música, dança, poesia e festa, e existem pelo menos dois tipos, o samba corrido e o samba chula. No samba corrido todos sambam enquanto dois solistas e o coral se alternam no canto. Já no samba chula, somente uma pessoa corrê a roda sambando após o canto da chula, ao som dos instrumentos e das palmas.

Foi no recôncavo que nasceu o samba - por volta de 1860 segundo os historiadores, influenciado pelo ritmo africano "semba". Assim como a Capoeira, o samba nasceu dos escravos africanos em terras brasileiras, portanto, configura-se numa manifestação cultural afro-brasileira. O samba de roda é uma junção de música, dança, poesia e festa, e existem pelo menos dois tipos, o samba corrido e o samba chula. No samba corrido todos sambam enquanto dois solistas e o coral se alternam no canto. Já no samba chula, somente uma pessoa corrê a roda sambando após o canto da chula, ao som dos instrumentos e das palmas.

O samba de roda está intimamente ligado ao culto aos orixás e cabloclos, assim com também com a Capoeira. Não há como separar estas três artes/culturas, pois são uma manifestção só, herança de matriz africana em terras brasileiras.
Numa breve viagem pelas cidades de Santo Amaro da Purificação, Acupe (distrito d

Na cidade de Cachoeira, também existe uma casa de samba, a Casa de Samba de Roda de Dona Dalva, onde semanalmente têm ensaio aberto do Grupo de Samba de Roda Suerdieck, que recentemente completou

50 anos de samba, segundo Dona Dalva, o nome Suerdieck é por causa que antigamente o samba era realizado na fábrica de charutos onde trabalhava e que levava este nome. Pela região do recôncavo a
inda devam existir centenas de grupos de samba, - e é por isso que o título deste artigo é 1% da Riqueza do Recôncavo, - pois ainda há muito para se conhecer.
Terreiros de Candomblé e Umbanda existem aos milhares na região, somente na cidade de Cachoeira, disseram haver por volta de 257 terreiros, segundo dito pelos moradores da cidade.
A região também sempre foi berço de grandes Capoeiristas como: Cobrinha Verde, Traíra, Najé, Síri de Mangue, Neco Canário Pardo, Noca de Jacó, Gato, Atenildo, Santugri, entre outros. Besouro de Mangangá, lenda da capeoira que até pouco tempo não se sabia se ele tivesse realmente existido também é da região, da cidade de Santo Amaro da Purificação, onde aprendeu capoeira com Tio Alípio.
Trazendo aos dias "mais atuais", o recôncavo é terra de Mestre Ananias (natural de São Félix) e também de Mestre Bigodinho (natural de Acupe), entre outros.
A Capoeira continua viva na região, e isso pode ser comprovado na academia de Mestré Adó, aluno de Mestre Gato Preto, em Santo Amaro da Purificação, onde desenvolve um bonito trabalho social com a Capoeira. Além de Mestre Adó, devem existir na região dezenas de Mestres com ou sem trabalhos, que numa curta viagem não se pode conhecer.

Terreiros de Candomblé e Umbanda existem aos milhares na região, somente na cidade de Cachoeira, disseram haver por volta de 257 terreiros, segundo dito pelos moradores da cidade.
A região também sempre foi berço de grandes Capoeiristas como: Cobrinha Verde, Traíra, Najé, Síri de Mangue, Neco Canário Pardo, Noca de Jacó, Gato, Atenildo, Santugri, entre outros. Besouro de Mangangá, lenda da capeoira que até pouco tempo não se sabia se ele tivesse realmente existido também é da região, da cidade de Santo Amaro da Purificação, onde aprendeu capoeira com Tio Alípio.
Trazendo aos dias "mais atuais", o recôncavo é terra de Mestre Ananias (natural de São Félix) e também de Mestre Bigodinho (natural de Acupe), entre outros.

A Capoeira continua viva na região, e isso pode ser comprovado na academia de Mestré Adó, aluno de Mestre Gato Preto, em Santo Amaro da Purificação, onde desenvolve um bonito trabalho social com a Capoeira. Além de Mestre Adó, devem existir na região dezenas de Mestres com ou sem trabalhos, que numa curta viagem não se pode conhecer.

A riqueza do recôncavo se estende a outras manifestações da cultura popular, e
m Acupe por exemplo existe o Nêgo Fugido, que é uma festa muito singular que envolve toda a comunidade, desde crianças a adultos. É uma espécie de teatro que caminha por todas as ruas da vila de Acupe encenando a história de um escravo que tentou fugir e foi recuperado pelo capi
tão do mato, o "teatro espontâneo" percorre a cidade sendo encenado inúmeras vezes, além do personagem do capitão do mato e do escravo/nêgo fugido, ainda são representadas as figuras do rei e da polícia. Além dos "atores", músicos também acompanham toda encenação. O Nêgo Fugido é uma linda maneira de se manter viva a memória do povo da região.
Paralelamente ao Nêgo Fugido, também acontece


Paralelamente ao Nêgo Fugido, também acontece

uma outra manifestação popular, as Caretas, que também contam com a participação de crianças e adultos. As Caretas percorrem toda a cidade com galhos de árvores nas m
ãos e saem correndo atrás de quem estiver na rua para "bater". Atualmente em Acupe, existem duas Caretas, a tradicional de papel marchê ou palha, e a de borrcaha, esta última por sinal parece seduzir mais as crianças pois existem até caretas fantasiadas de personagens atuais como do Homem Aranha, entre outros. Segundo consta, as Caretas surgiram em meados do século XIX, quando num antigo engenho de Acupe, no dia 2 de julho de 1850, negros escravizados apareceram mascarados numa festa promovida pelo Senhor de Engenho, faze


Enfim, em poucos dias pode se ver o quanto rica é a região do recôncavo, e o porque o termo brasileirismo em alguns dicionários remetem-se a cultura da região.

sábado, 3 de julho de 2010
Vadiação em SARAU



Para nós do NO FIO DA NAVALHA é sempre um prazer participarmos de iniciativas assim, pois além de fazermos o que mais gostamos - que é simplesmente vadiar, também apresentamos nosso trabalho a desconhecidos, estabelecemos novas amizades, nos doamos e sempre voltamos com um pouquinho a mais em nossa bagagem.


Nossa próxima roda será dia 10 de julho, apareçam para vadiar, sambar, compartilhar alegria e doses de vinho. Em breve colocaremos mais informações sobre as apresentações de Tambor de Criola e do filme "O Pagador de Promessas". É isso, a vida não pode parar!

segunda-feira, 14 de junho de 2010
FotoArte, Filme, Capoeira, Samba, Calendário...






Até, Axé!
terça-feira, 8 de junho de 2010
Cultura, Arte, Capoeira, Amizade!

Venha, tod@s são super bem vind@s na nossa casa de Capoeira... Se puder, traga um refrigerante para compartilhar durante o filme, ou uma garrafa de vinho para o samba de roda.
Chega cum nóis camará!
terça-feira, 27 de abril de 2010
1º DE MAIO - Dia do Trabalhador
Nossa próxima roda será no dia 1º de Maio, bem no dia do Trabalhador. Portanto, cabe aqui no blog discorremos brevemente sobre a data, que ao contrário do que muit
os pensam, é dia de Luta, não de Festa.

No dia 1º de Maio de 1886, em Chicago, nos Estados Unidos, trabalhadores organizaram uma manifestação em prol da jornada de trabalho de 8 horas diárias, com milhares de trabalhadores nas ruas. Nesta mesma data, uma Greve Geral foi conclamada nos Estados Unidos. No dia 3 de Maio, um pequeno levante urbano entrou em choque com a polícia, onde manifestantes foram assassinados. No dia 4 de Maio, uma nova manifestação foi organizada como protesto às mortes posteriores, quando que, nessa nova manifestação uma bomba explode entre a polícia matando sete agentes, a polícia então abre fogo contra a multidão, matando doze pessoas e
ferindo dezenas. Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos com a Revolta de Haymarket.

Três anos mais tarde, a Internacional Socialista (orgão dos trabalhadores de todo mundo) reunida em Paris decide convocar anualmente uma manifestação em homengame aos mártires de Chicago e reinvindicando 8 horas de trabalho. Em 1891, uma manifestação no norte da França é novamente dispersada pela polícia, onde dez trabalhadores são assassinados.
A partir deste novo desastre, o 1º de Maio tornou-se o dia de LUTA dos trabalhadores de todo mundo por melhores condições de trabalho.


Assim como também não podemos deixar cair em esquecimento os
Primeiros Trabalhadores do Brasil, os escravos negros, que foram capiturados como coisas nas savanas africanas, jogados em naus e açoitados durante séculos em solo tupinikim sob domínio dos portugueses.

OS PRIMEIROS TRABALHADORES DE NOSSA HISTÓRIA FORAM OS ESCRAVOS! (Índios e Negros)
Não esqueçamos de nosso triste passado, para que ele jamais se repita. 1º de Maio apesar de gênese européia, não tem cor, assim como trabalhador não tem pátria. TRABALHADOR é TRABALHADOR em qualquer lugar.
O 1º de Maio é uma LUTA de TODOS.
Como homenagem, aí segue uma poesía abolicionista de CASTRO ALVES.

Lá na úmida senzala,
Sentado na estreita sala,
Junto ao braseiro, no chão,
Entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudades do seu torrão...
De um lado, uma negra escrava
Os olhos no filho crava,
Que tem no colo a embalar...
E a meia voz lá responde
Ao canto, e o fillhinho esconde,
Talvez pra não o escutar!
"Minha terra é lá bem longe,
Das brandas de onde o sol vem;
Esta terra é mais bonita,
Mas à outra eu quero bem!
"O sol faz lá tudo em fogo,
Faz em brasa toda a areia
Ninguém sabe como é belo
Ver da tarde a papa-ceia!
Faz em brasa toda a areia
Ninguém sabe como é belo
Ver da tarde a papa-ceia!
"Aquelas terras tão grandes,
Tão compridas como o mar,
Com suas poucas palmeiras
Dão vontade de pensar...
"Lá todos vivem felizes,
Todos dançam no terreiro;
A gente lá não se vende
Como aqui, só por dinheiro."
O escravo calou a fala,
Porque na úmida sala
O fogo estava a apagar;
E a escrava acabou seu canto,
Pra não acordar com o pranto
O seu filhinho a sonhar!
--------------
O escravo então foi deitar-se,
Pois tinha de levantar-se
Bem antes do sola nascer,
E se tardasse, coitado,
Teria de ser surrado,
Pois bastava escravo ser.
E a cativa desgraçada
Deita seu filho, calada,
E põe-se triste a beijá-lo,
E põe-se triste a beijá-lo,
Talvez temendo que o dono
Não viesse, em meio do sono,
De seus braços arrancá-lo!
(Recife, 1863)
domingo, 28 de março de 2010
Aniversários e Homenagem





A festa de aniversário aconteceu no dia 20 de março, e contou com a apresentação de uma roda de rumba, onde Dijalma, Buias, Davi e Levino botaram fogo na percursão. Após a apresentação como é de praxe, teve roda de capoeira seguida de samba de rosa animado que adentrou a noite.


E também, na semana anterior, no dia 14 de março, o Grupo participu da Festa de Aniversário da Casa da Largatixa Preta, que comemora em março 6 anos de Espaço Libertário aberto a iniciativas externas e que promove inúmeras atividades que vão desde discussões/debate-papos à oficinas e cursos livres.
É isso, e que agora ABRIL se apresente com muita energia positiva!

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